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sábado, 25 de junho de 2011

Dia 49 - "Vão-se os anéis..."


"Você precisa ver os anéis que estou vendendo! Um luxo, você vai amar!"
"Anéis? São uma das minhas perdições... tenho certeza que amarei mais de um, você tem bom gosto... por isto mesmo, não quero ver, obrigada."
"Ah, não, mas eu divido a perder de vista, não fica pesado, vou trazer!"
"Não, obrigada. Não posso comprar por um ano."
"Não vai comprar anéis por um ano? Imagina!"
"Não comprar anéis, acessórios, sapatos, roupas..."
"Imagina!!! Um ano sem comprar estas coisas, que mulher consegue isto??? Nenhuma!!!"
"Eu consigo. E conheço algumas outras que também conseguem."
"Fala sério!"
"Estou falando sério."
.
A conversa acima aconteceu ontem, no meu horário de almoço, no salão onde faço as unhas quinzenalmente. Quem convive comigo percebe que tenho um fraco (outro!) por acessórios, e anéis são o ponto fraco do meu ponto fraco - amo. Talvez por ter uma orelha rasgada, o que me impede de usar brincos. Imagina quem faz as minhas unhas, então? Claro que repararia nisto, e claro que me ofereceria. Coube a mim resistir, e foi muito bom não sentir sacrifício nesta atitude. Sobre (algumas) sensações e reflexões a partir daí:
1. Uma das coisas que aprendi nestes quase dois meses sem compras é que é muito melhor não me expor à tentação em demasia. Não isto, não quer dizer que não vou mais a shoppings, templos de consumo. Quer dizer apenas que não preciso ficar me testando sempre - principalmente com coisas que gosto muito. A experiência, dependendo do meu humor momentâneo, pode ser ruim. Então, não foi ruim nem mesmo olhar os anéis, falando sério - porque sei que me sentiria tentada. Anéis são algo que, definitivamente, não preciso. Não são absolutamente necessários.
2. Acho interessante dizer que não vou olhar, nem comprar, por estar em um ano sabático. Isto traz algumas reações bem legais: primeiro, a incredulidade de quem ouve - tanto com relação ao meu propósito como com relação ao sucesso dele. Segundo, as pessoas param de insistir, e isto é algo fantástico! Porque o bom vendedor desenvolve um feeling pra identificar os pontos fracos do cliente e a partir daí, usar a abordagem de maior efeito para sua venda. Mas também usa este feeling para detectar quando deve parar, ou respeitar o não do cliente. E é isto que tem acontecido comigo quando digo não.
3. A cada dia descubro mais e mais que compra tem muito mais a ver com carência, propaganda e atitude do que com a real necessidade de adquirir aquele bem. Este curto período de abstinência tem mostrado isto com uma clareza incrível! Todo o dia, em todo o lugar, a todo momento, tem uma propaganda mostrando algo novo (ou repaginado) essencial para sua vida. Ou sua satisfação. Ou sua felicidade. E a gente vai se deixando levar, acreditando que estas coisas são mesmo fundamentais para sermos felizes (breve escreverei um post sobre isto!). E se estivermos num momento carente, então? Fala sério! Olhar vitrines, experimentar coisas bonitas e escolher uma pra levar pra casa tem o mesmo efeito (fugaz, neste caso) de uma terapia - funciona que é uma beleza a curto prazo!!!! Mas a longo prazo... traz, por vezes, apenas mais um ítem pra se somar a uma pilha de outros desnecessários e não utilizados.
4. Por mais que pareça inacreditável para outras pessoas, que pareça hercúleo exercitar o 'não comprar', não é algo assim tão difícil. Verdade. É mais ou menos como começar uma dieta, ou a academia: é preciso uma carga de dedicação extra pra começar (a lei da inércia agindo), mas depois que nos acostumamos não é tão difícil assim continuar. E o melhor de tudo é que traz prazer, sensações de realização e satisfação.
Acho que agora vou procurar uma academia!   =)

4 comentários:

M Mawkitas disse...

Ei Lu! Pessoa, estou aqui tentando ligar pra você mas você é um ser humano que está na caixa postal... rsrsrsrsrs... (Também quem mandou ligar na hora do almoço, né?)

Olha, eu achei ótimo o modo como você falou com a vendedora que nem queria ver os anéis e explicou que não podia comprar por um ano. Eu tentei fazer isso no trabalaho e funcionou até um certo ponto, mas uma pessoa mal resolvida ficou muito chateada comigo: acho que era desfeita! Despois que li seu post fui olhar nas minhas coisas e ver se tem algum anel ocioso por aí que talvez eu pudesse usar para te presentear, mas descobri que só tenho dois e que são justamente os que eu uso. Acontece que há pouco tempo eu fiz uma limpeza geral e uma arrumação revolucionárias aqui em casa e doei praticamente tudo que eu não tinha usado por mais de um ano. Só ficaram aquelas coisas que são mesmo de se usar muito de vez em quando, em situações especiais ou então coisas que eu simplesmente amo.

Uma coisa que você escreveu foi que ficar sem comprar não é mega difícil. Eu concordo com você, apesar de ter tido uns momentos de consumidora louca que quer comprar tudo, geralmente quando fiquei em situações onde haviam muitas tentações. Como você mesma disse, as tentações devem ser evitadas ao máximo...!

Lu, grande abraço pra você e bom findi!

Paula de Assis Fernandes disse...

Mãe, orgulho dessa atitude! Que esse um ano possa servir para a senhora aprender a balancear, quando o não comprar não for mais uma obrigatoriedade!
Beijos

Unknown disse...

Mais uma vez, Parabéns !
Bjs,
Ieda

Anônimo disse...

Parabéns!
Também concordo que nem é tão difícil assim ficar sem comprar, tem dias que é difícil porque estamos mais fragilizadas.
Boa sorte

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