Pense antes de gastar. Recicle, reuse, reinvente. Doe o que não usa mais. Tente viver com menos. Gaste menos: dinheiro, luz, água, combustível. Diminua o tamanho do lixo que produz. Prefira produtos ecológicos. Adote o pensamento verde. Use a criatividade.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Compartilhando

Estou lendo o livro "Organize-se num minuto", emprestado pela Marina.
Quero compartilhar a página 208 com vocês.


Há também um texto extremamente interessante no Mulher 7x7 que fala sobre nossa "escravidão" dos supérfluos. Eu, se fosse você, ia lá ler - vale muito a pena.

terça-feira, 19 de julho de 2011

72 DIAS - E uma justificativa

Do outro lado do telefone vem a pergunta:
"- Eae, desistiu, foi?"
"- Não entendi. Desisti do que???"
"- Ah, Lu, fala sério! Nem quatro meses e já desistiu??"
Caiu a ficha.
"- Não, minhamiga, não desisti. Apenas não tenho postado..."
"- O blog não era um diário?"
Foi assim que descobri que existem amigos que acompanham meu desafio sem nunca comentar. E assim também me toquei que, ao decidir fazer um diário público do meu desafio, assumi um compromisso com quem dedica um pouco do seu tempo vindo aqui acompanhá-lo, independente de seguir ou não, de comentar ou não. Claro que comentários são sempre bem vindos, bom perceber que nossas palavras não são poeira ao vento - mas independente disto, preciso lembrar do compromisso que eu assumi. Então preciso contar pra quem vem aqui ocasionalmente que não, não desisti. Apenas ando no tal do "inferno astral", angustiada, sem saber ao certo porque. E não tenho conseguido escrever. Junto com isto, estou em processo de troca de terapêuta, minhas "bolinhas" acabaram, a semana no trabalho foi "punk". Ando com saudades acumuladas de tanta coisa!
.
"Boa noite, meu nome é Lucemary, e estou há 72 dias sem compras supérfluas."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Constatações

Talvez seja uma boa idéia encontrar algo para distrair do desejo incontrolável de comprar. Quando digo “desejo incontrolável”, não me refiro a algo parecido com a abstinência do dependente químico. É algo muito mais sutil, e ainda assim, muito mais forte – porque acontece sem percepção. A gente não sai de casa com aquela zica de “eu quero comprar, eu preciso comprar”. A gente sai, vê um sapato bonito (muitas vezes parecido com um que tem em casa), resolve experimentar e pronto. Nos vemos a caminho de casa com uma sacola a mais na mão. Chegando em casa colocamos o sapato, andamos pra lá e pra cá testando seu conforto e o guardamos, por vezes até mais de um mês sem estreiá-lo – o que é um claro sinal de que não precisávamos dele naquele momento. Usei o sapato como exemplo, mas isto acontece com acessórios, cachecóis, e eticétera e tal. É inconsciente, na verdade, por isto mesmo insidioso e nocivo.
A segunda coisa a fazer é tomar consciência de que agimos assim. Que fazemos aquisições impulsivas, sem percepção crítica.



E finalmente buscarmos algo que sirva como “escape”. Algo que nos dê prazer, e assim substitua aquele prazerzinho meio mórbido de comprar, comprar, comprar. Que tal começar a academia que temos protelado por tanto tempo? Ou começar a correr (podemos até nos tornar maratonistas!)? Ou começar a nadar? Ou aula de teatro, judô, caratê, boxe? Pintura, música, artesanato, reciclagem? Ou uma atividade voluntária? Que tal contar histórias para crianças órfãs, ou um dia de dedicação a um asilo no município? Eu, do meu lado, tenho conseguido canalizar para a escrita e a organização: tenho buscado manter o compromisso de escrever ao menos três vezes por semana, e o maior compromisso é o de organizar minha casa – e nossa! Não dá pra contar o prazer que traz cada cantinho que consigo finalmente organizar!!! Para isto, aliás, tenho visitado alguns blogs interessantes – e estou lendo o primeiro de dois livros muito bons emprestados pela Marina: “Organize-se num minuto” e “Jogue cinquenta coisas fora”. Que fique claro que não sou devoradora de livros de auto ajuda, ok? Mas estes trazem dicas realmente preciosas para alguém que, como eu, não consegue se organizar. Aliás, qualquer dia falarei sobre isto aqui.
Então, pessoas lindas do meu core, estas constatações de que o tempo utilizado em bater pernas “pelos shoppings da vida em busca de algo” (lembrei do Milton!) pode ser muito melhor utilizado para coisas que nos dão prazer mais duradouro e muito maior sensação de realização foram renovadoras.



*Escrevi este texto há pouco mais de uma semana, quando estive na Renner e na C&A para pagar parcelas vincendas. Não preciso nem dizer da tentaação que foi, né?

sábado, 9 de julho de 2011

DIA 62 - GASTE MENOS E SEJA FELIZ - PARTE II

Como gastar menos e ser feliz se o meu cérebro entende que comprar é algo prazeroso, consequentemente algo que me faz feliz? Se não comprar (raciocínio lógico) fico infeliz! Mais ou menos, pessoas, mais ou menos.
A questão não é deixar de comprar radicalmente, e pronto. É encarar o consumo dentro do contexto real de necessidade – não dá pra viver sem comprar nada, a não ser um ou outro idealista excêntrico (maluco?) que se proponha a isto. Precisamos comprar desde as coisas mais básicas para nossa sobrevivência: papel higiênico (quem teve o privilégio de passar parte da infância em fazenda sabe que dor de barriga no lugar errado pode ser complicado, não sabe??); escova de dentes, sabão, arroz, feijão e por aí afora até os não tão básicos assim, mas que fazem a felicidade do nosso corpinho: biscoitos, chocolate, creme hidratante, perfumes, sapatos, um tapete fofo... isto sem falar naqueles que por vezes não são necessários pro corpo mas fazem bem pra alma. Gente, fala sério, dá pra viver com a alma faminta? Não, claro que não. Cinema, livros, música, um belo quadro. O necessário é identificar nossos desejos e classificá-los corretamente por níveis de necessidade, buscando atendê-los na medida do possível, sem com isto nos escravizarmos ao consumo, tornando-nos compulsivos. Não preconizo a frugalidade total e absoluta, que fique bem claro – até porque eu seria uma das últimas pessoas a conseguir isto (adoro coisinhas cuti!), mas a necessidade de repensar o que consumimos, o que compramos, o que tornamos obsoleto sem necessidade.
O que acontece é que, com a globalização e a facilidade da comunicação, passamos a ter acesso à informações que antes desconhecíamos, e nossa curiosidade e vontade são instigadas a todo momento, despertando desejos e necessidades que antes não existiam. Quer ver um exemplo fácil?
Sou muito fresca para comidas, não como rins, fígado ou qualquer outra coisa que lembre vísceras animais – mas amo cozinhar, e experimentar novos sabores – ainda que não se tornem habituais no meu cotidiano. Nuncantesjamais tinha ouvido falar em “Flor de Sal”. Um dia vi uma reportagem falando sobre: “...diz a lenda que a flor de sal começou a ser extraída pelos celtas no início da Era Cristã. Em tempos modernos, os franceses são os responsáveis pela disseminação --em restaurantes de alta gastronomia, vale ressaltar-- desses delicados cristais de textura crocante e sabor que lembra violeta...”. As palavras “celtas, franceses, delicados, cristais, textura, crocante, sabor” todas 'juntas reunidas' num parágrafo só definindo 'Flor de Sal' funcionaram como neon amarelo limão numa noite sem lua e estrelas, me atraindo irremediavelmente e despertando a premente necessidade de saber mais, e conhecer, e experimentar a tal flor, que na verdade é apenas um tempero. Algo de que eu nunca ouvira falar se tornou assim algo de urgente necessidade, percebem? Sei que muitas pessoas leram o mesmo artigo e nem tchuns. Estas pessoas, por sua vez, poderiam sentir-se da mesma forma sobre um novo tênis de corrida, um novo creme hidratante, um novo aparelho eletrônico – ou bols, como conta a Nina Horta neste post do seu blogue na Folha. Ou outra coisa qualquer que mexa com seu imaginário e sua história.
O que eu quero dizer é que nosso modo de vida, nossa história, o meio onde convivemos, a mídia, nossos amigos, as redes sociais, tudo age sobre nós, influencia o nosso conceito de necessário e indispensável e impulsiona nosso comportamento consumista. Tudo grita “compre, compre, compre!!! Consuma, consuma, consuma!!!”. Cabe a nós não nos submetermos a este apelo global. Como? Alguns passos que podem ajudar – vou elencá-los aqui num próximo post, mas podemos começar anotando, diariamente, TUDO o que compramos. Seja no cartão, no cheque, no vale alimentação, em espécie. É importante que, ao final de uma semana, possamos saber exatamente tudo o que adquirimos no decorrer daquele período. E ao final de um mês juntamos as listas das quatro semanas anteriores, o que vai nos dar a dimensão do que consumimos no mês. E pode acreditar, analisando com carinho a lista final, perceberemos que compramos desnecessariamente grande número de coisas – a partir daí, SE tivermos o desejo real de mudar, passamos para o próximo passo. Mas isto, meus amigos, é uma outra história porque este post aqui já se estendeu muito além do que eu queria!
Bons tempos a todos!

Estou resgatando partes de um graaaaande texto reflexivo que fiz no dia em que li o texto da Marcia Tolotti, e postando em partes. Esta é uma delas. Acredito, sim, que podemos ser felizes gastando menos - e conscientemente.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DIA 60 - A tentação do telemarketing!!!


"Alô, dona Lucemary???"
Esta foi a pergunta ao telefone, cerca de vinte minutos atrás.
Era a Luana, da Editora Globo, me informando que eu fui contemplada com valores reduzidos na minha campanha que já está liberada.
"Como assim, já está liberada? Não, eu não vou renovar a minha assinatura."
"Não, dona Lucemary, a sua campanha já foi liberada, eu só estou avisando que a senhora foi contemplada com valores reduzidos, a senhora vai investir apenas a quantia de R$54,90 e o restante a Editora Globo vai estar investindo para a senhora..."
PÁRA TUDO!!!!
Como pessoa bem chata que ando ultimamente, fiz questão de perguntar pra saber timtim por timtim:
1. Esta ligação está sendo gravada?
    - Sim, está.
2. Minha assinatura vai ser renovada agora?
    - Enrola, engasga, enrola... a sua campanha já foi liberada.
2. Luana, me desculpe, eu não entendi. Como assim, liberada?
    - Na verdade eu faço parte da equipe de promoções, e estou informando a senhora que foi contemplada com benefícios e redução de preços, como desconto e isenção de taxa de entrega. E só vai estar investindo R$54,90! (Como é que eu podia até pensar em recusar isto????)
3. Luana, não, eu não quero renovar minha assinatura.
    - A senhora não está entendendo, eu não sou da equipe de renovação...
...
Tá, meus caros, como eu não gravei a conversa, não sei ipsis literis tudo o que foi dito, mas em resumo:
* Minha assinatura (Marie Claire, Época, Casa e Jardim) acaba agora em junho (detalhe: fazem mais de três meses que só recebo a Marie Claire, e já reclamei).
* Pelo que entendi, foi renovada AUTOMATICAMENTE sem meu consentimento. Com débito no cartão de crédito (claro! com débito na conta corrente o assinante pode não ter saldo, cancelar...).
* Ela me ofereceu, no fim das contas: a renovação da Época, da Marie Claire, da Casa e Jardim mais uma revista mensal qualquer da editora Globo mais a revista Casa e Comida (que é bimestral), por um ano e três meses (até setembro/2012), por R$36,40 (apenas!!!).
* Ela esqueceu de citar que são DOZE contribuições de R$36,80, precisei garimpar isto a duras penas.
* Mas tudo bem. A pessoa dependente de revista, papel e cheiro de tinta aqui, quase sucumbiu. Sério, pessoas!!! Pensei, por mais de alguns segundos, em pegar o cartão e confirmar o número para autorizar. Aí pensei "putz, o que eu tô fazendo???? Vou jogar fora tudo o que estou aprendendo, melhorando, crescendo???"
Voltei ao telefone e disse que ela foi ótima (e foi mesmo!), mas que eu não aproveitaria a "oportunidade" oferecida. Ela, estupefata (!), não entendeu e perguntou o porquê. Expliquei, falei do meu ano sabático e disse que não sucumbiria à tentação. Pedi para cancelar a renovação - e descobri que ela não podia fazer. Pedi o telefone para cancelamento - e descobri que ela não tem acesso à este número. Cara, inacredítável! Mal deu tempo de dizer boa noite, e ela já tinha desligado, acredita????
Pois é. Tenho que ligar na editora Globo pra cancelar minha assinatura -ops, campanha renovada automaticamente.

terça-feira, 5 de julho de 2011

DIA 56 - Quando o universo conspira...

Algo curioso é que certas coisas acontecem despercebidas no nosso cotidiano, até que, por algum motivo, nos despertam a atenção. Pronto, parece que tudo leva àquilo. Sabe, tipo a brincadeira do fusca azul? Ou então quando uma amiga conta que vai ter um filho, e você curte isto, às vezes até pensa em também ter um bebê, e de repente as grávidas pululam de todos os lados, em todos os momentos? E as coisinhas cuti de bebês que antes você nem notava saltam aos olhos, parece que o universo conspira para que aquele assunto seja presente e parte do seu dia a dia?


Pois é assim que estou me sentindo.
Comecei o blog como um diário (sou daquelas que sempre escreveram um, ainda que não na sua forma tradicional), e minha intenção inicial era apenas “não comprar por um ano”. O detonador disto? A repentina consciência de minha compulsão por compras, comprinhas e afins. Percebi aos poucos que esta atitude tinha também a ver com minha preocupação, muito anterior, com sustentabilidade (cheguei ao cúmulo, uma vez, de contar quantas garrafinhas pet eu produzia sozinha numa semana e juro, me assustei), reaproveitamento, reciclagem. E ainda com o meu “endividamento” eterno, sempre com parcelas a vencer (cartões!). E vi, nesta decisão impulsiva uma chance de melhorar algumas coisas, a começar por mim.
Acho que tenho algum tipo de déficit de atenção, ou de concentração. No decorrer do dia vem e vão várias ideias na cabeça, algumas que me parecem fantásticas, outras nem tanto, mas muito boas e todas, sem exceção, me despertam o desejo de partilhar - variações sobre os mesmos tema: consumo, economia e sustentabilidade. Cada ideia sugere um novo post, a ser desdobrado e redesdobrado – mas aí me perco, e quando sento pra colocar no papel, elas se foram.


Este texto, por exemplo, comecei pensando em algumas coisas que saltaram no meu colo hoje:
1. O artigo na Marie Claire deste mês, feito pela Vivienne Westwood, que fala de reaproveitamento, reutilização, reciclagem na moda. Percebem??? SUSTENTABILIDADE está na moda, sim. Cabe a nós não deixar que seja apenas uma onda, esta é uma moda a aderir e adotar como estilo de vida - pelo bem do planeta, pelo futuro dos nossos filhos (no meu caso, dos netos que ainda não tenho) e pelo nosso próprio bem estar;
2. O comentário da Marina contando sobre Oniomania... Gente, compra compulsiva tem nome, sim! E como toda compulsão, pode (deve?) ser tratada;
3. A descoberta de dois blogs sobre educação financeira (acho que isto devia constar do currículo escolar!!!) com um post sobre o endividamento das famílias brasileiras: o "fique rico diariamente" e o "valorize seu dinheiro";


4. Uma matéria muito boa sobre consumo consciente que me enviaram por email e, finalmente,

5. Um email que me fez chorar. E me fez sentir pequenininha. E reforçou mais ainda meu desejo de me tornar uma pessoa melhor.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gaste menos e seja feliz!

É muito interessante que este meu desafio traz uma nova visão global à tudo, e por vezes matérias que passariam despercebidas agora saltam aos olhos. Assim foi com o artigo que li nesta semana, na revista Viver Curitiba, escrito pela Marcia Tolotti, psicanalista, que há algum tempo se dedica também à estudar a questão do consumo desenfreado e desnecessário.



Ela responde uma pergunta que muitas pessoas me fazem: comprar é uma terapia? Pode viciar? Sim, para as duas perguntas. Como assim??? Tati, que é bióloga, explica com outras palavras: tudo o que nos dá prazer inunda nosso cerébro de dopamina. E o que é esta tal de dopamina???  Mais conhecida como neurotransmissor do prazer, é a precursora da adrenalina e da noradrenalina, responsáveis pela sensação "boa" de saciedade e felicidade. Na verdade, tudo o que nos dá prazer (chocolate, sexo, compras, ...) estimula a liberação de dopamina, e traz a sensação do prazer. E vicia, sim. Quando estivermos tristes, incompletas, insatisfeitas e sentimentos afins, nosso cérebro vai lembrar dessa sensação boa de felicidade momentânea, e vamos ansiar por senti-la novamente.



Outro aspecto interessante abordado por ela é que acabamos relacionando esta sensação de uma maneira mais ampla em nossa vida, acreditando que a felicidade pode ser comprada - e aos poucos, com a descoberta de que isto não é verdade, a sensação de frustração também aumenta. Ipsis literis, ela escreve: "para cada insatisfação, uma saciedade ao alcance da mão - melhor dizendo, ao alcance do cartão." O que acaba, por outro lado, levando à um cenário bastante ruim, que inclusive está sendo discutido neste momento no Bom Dia, Paraná: o endividamento do brasileiro está aumentando.


- Não consumir por consumir; analisar a real necessidade de compras - esta é a postura aconselhada pelo especialista. Ajuda ao meio ambiente, ao nosso bolso, ao nosso coração. Devemos lembrar que o mais importante não tem preço, e que nossa diversão, nosso prazer, nossa meta de vida pode e deve ser muito maior do que simplesmente "compra". 


*Este texto foi escrito ontem, e o blogger deu tilt. A pessoa que escreve não salvou no word, e perdeu todo o conteúdo escrito, que estava muito mais divertido e profundo. Preciso aprender a escrever primeiro no word para depois publicar!

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