Ando lendo muito e escrevendo pouco. E não, não ando lendo muitos livros bacanas, literatura recomendada ou afins – ando lendo na net, viajando para caramba em ideias novas e blogs conhecidos.
Invariavelmente sento e penso “hoje vou escrever um post legal, não posso ficar tanto tempo sem notícias”, mas aí começa a história de clicar aqui e abrir novo site, clicar ali e visitar outro blog, e... quando vejo, já é hora de dormir e não fiz nada.
Ontem aconteceu uma coisa engraçada: postei aqui, e terminei com a frase “firme, pero no mucho forte” porque lembrei do velho hábito que temos, muitos, em dizer “firme e forte” quando permanecemos inabaláveis num propósito, ou quando estamos bem de saúde, ou... enfim. Acabei de postar e vi na abinha lateral, dos meus blogs favoritos, que a
Marina tinha postado também, e olha só o título do post: “Firme e forte”. Pensei com meus botões, “puxa, que legal, ela está bem melhor do que eu que não ando nada forte”, considerando-se ainda a época do ano em que estamos... mas embora não tão forte, continuo firme. Só achei engraçado o nosso “transimento de pensação”.
Aí vi o outro post dela, e como ando sem inspiração resolvi pegar carona nas suas constatações (dá licença, viu, Marina? Por favor!) e fazer algumas próprias... então, mãos à obra.
1. Da mesma forma que a Marina, muitas vezes penso que parei de comprar porque tolamente coloquei esta ideia na cachola, e quero provar (pra mim mesma) que posso conseguir. Mas analisando algumas coisas (que vocês verão abaixo), percebo que estou melhor. Muito melhor.
2. As palavras “maníaca”, “desejo intenso” e “traço de personalidade” ficaram muito marcadas dentro da leitura do seu post, também tenho (muita) dificuldade com algumas coisas, e lidar com isto tem sido muito complicado. Revistas é uma destas coisas, acho que a mais marcante. Sou absolutamente maníaca por revistas, pra vocês terem uma ideia, saio pegando catálogos de lojas, de supermercado, e andei ganhando revistas antigas de uma demonstradora. O problema é que eu tinha muitas e muitas e muitas revistas num espaço exíguo, e com o advento do ano sem compras, resolvi também (pelo menos tentar) diminuir minhas bagunças. E dei todas. Ops, não todas. Mas toda a coleção Casa Cláudia, Casa e Jardim, Bons Fuidos, Faça e Venda, Marie Claire. As Épocas e outras ocasionais já não guardava antigas, mesmo. Então, as que ficaram são as que eu gosto muito e não quero me desfazer.
Mas é muitomuitomuito difícil passar em frente a uma banca de revista e não parar para olhar, é muito difícil controlar o desejo de entrar e comprar uma das revistas que me chamam a atenção.
3. Ficar sem comprar não ajuda a economizar dinheiro pra mim também não. Você tem razão, Marina, não acontece só com você não. Porque? Ainda não sei, só sei que é assim – palavras de Chicó.
4. A reação das pessoas realmente é um capítulo à parte. E juro, não quero nem falar sobre isto aqui – não hoje.
5. Estou repensando o absolutamente necessário, me tornando mais flexível. Não, não entrei em nenhum shopping e gastei rios de dindim, não fiz outras compras além das que já relatei aqui no blog, mas tô repensando presentes, material pra artesanato... e flexibilizando isto. Gastei R$19,00 com material para Scrapp, que é uma paixão e cujo material é muito caro. Não gastei do nada, e sim pra fazer o presente do meu amigo secreto. E também mandei imprimir algumas fotos, R$10,00. Tô amando fazer o presente do meu amigo, espero que ele goste de receber tanto quanto eu de fazer. Queria ter tirado fotos das etapas, mas esqueci de carregar a câmera, então vou ficar devendo. E assim que ele receber o presente, prometo postar aqui pra quem quiser ver.
5. Engordei mais de quatro quilos. Putz, que foda. Somando-se aos quase dez que tinha engordado antes, é MUITA coisa. Preciso, urgente, voltar pra terapia – acho que isto tem a ver com não comprar, aí compro chocolates (vício confesso) e me perco. Não tenho disciplina, não faço exercícios, estou engordando de novo. Eu, que fiz redução de estômago. Acho que preciso, URGENTE URGENTÍSSIMO, encontrar uma terapeuta, senão não sei onde vou parar.
Sabe, quando terminei o post anterior com “firme, pero no mucho forte”, quis dizer que continuo, sim, com meu propósito – que muitas vezes me parece completamente sem propósito, aliás. Mas que na verdade tem sido uma viagem de auto conhecimento, com infindáveis paradas pra um café, pra olhar a paisagem...
Obrigada a você que tem me acompanhado, torcendo por um bom trajeto até o destino final.
Grande beijo,
Lu